A chegada de um novo ano é sempre um convite para olharmos os doze meses que se encerram e projetar os que virão.

A chegada de um novo ano é
sempre um convite para olharmos os
doze meses que se encerram e projetar os que virão.
Esse exercício
é fundamental para o planejamento estratégico, tanto
da nossa vida
pessoal como, principalmente, da empresa que temos a
responsabilidade
de dirigir. Olhando 2019, o cenário é, no mínimo,
interessante.
Os dados oficiais ainda não foram divulgados, mas
vejo que o segmento
de bens de capital foi muito melhor do que no ano
anterior. Com todos
os empresários que eu falo, eu só encontro
resultados positivos.
Entretanto, mais do que a performance comercial,
precisamos refletir sobre a modernização do parque
industrial brasileiro. Grande parte da indústria
nacional deixou de investir nos últimos anos e ficou
defasada, do ponto de vista tecnológico. Por conta
disso, atualmente, quem está disposto a investir em
bens de capital, busca soluções de ponta. É a
decisão correta, porque um equipamento adquirido
hoje vai trabalhar, aqui no Brasil pelo menos nos
próximos 10 anos.
Então, quem não tem soluções de ponta, preparada
para a indústria 4.0 e para a digitalização dos
processos, já sai perdendo na disputa concorrencial.
Não à toa, a própria China, que por muitos anos se
contentou em fabricar produtos de baixo custo e
baixa qualidade, hoje tem investido muito na
modernização da sua indústria. Esse movimento
provocou uma mudança significativa na sua indústria,
enquanto alguns poucos como a Huawey se tornaram
players globais, outros se viram forcados a buscar
mercados em países em desenvolvimento onde muitos
clientes caem na armadilha do preço baixo e
produtividade medíocre.
Essa cultura do preço, infelizmente, ainda prevalece
em muitas indústrias brasileiras. Porém, o que elas
ainda não perceberam é que, ao focar no custo, na
hora de adquirir seus equipamentos, elas também
estão comprometendo seu futuro, porque esse
investimento vai ficar obsoleto muito rápido.
Enquanto isso os maiores players do mercado se focam
no fornecimento de soluções completas ou pelo menos
escaláveis prontas para automação, digitalização e a
Indústria 4.0, que podem ir muito além de uma
simples máquina chegando a linhas ou células de
produção totalmente automatizadas e digitalizadas
que chegam a possibilitar a inclusão e
acompanhamento de ordens de produção desde
dispositivos móveis ou computadores conectados a
internet em tempo real.
Diante da necessidade premente de modernização do
parque industrial brasileiro, as perspectivas para
2020 são muito boas. Minha hipótese é que teremos um
ano melhor do que 2019. Alguns segmentos da
indústria estão muito aquecidos. Alguns exemplos são
o setor de máquinas para a construção, também
chamado de linha amarela, fabricantes de máquinas e
implementos agrícolas, veículos comerciais, entre
eles a fabricação de caminhões, carrocerias,
carretas, ônibus, implementos rodoviários em geral e
suas respectivas cadeias produtivas Todos vêm
crescendo. Até os fabricantes de equipamentos para
padaria e confeitaria voltaram a crescer - e forte.
Todos esses segmentos estão olhando e planejando
investimentos para 2020. O que nossos empresários
precisam é sentir a confiança necessária, para que
esses investimentos se materializem.
Atribuo os bons resultados de 2019 à competência da
nova equipe econômica, que conseguiu implementar a
reforma da previdência e está trabalhando para
viabilizar a reforma tributária, além de reduzir a
taxa de juros para níveis jamais vistos e devolver a
confiança dos investidores internacionais, baixando
o Risco Brasil para menos de 100 pontos. Essas
reformas são positivas e fundamentais para o país,
porque diminuem o chamado Custo Brasil, ao mesmo
tempo em aumentam a confiança dos investidores.
Outro ponto que merece destaque é que a redução da
taxa de juros muda o patamar de interesses, fazendo
com que o dinheiro aplicado não seja tão atraente.
Então, o empresário que antes procurava ganhar
dinheiro investindo no mercado, se anima a investir
na modernização da sua fábrica, para melhorar o seu
nível de produtividade e competitividade.
Para poder crescer, principalmente no ramo
industrial, é preciso ter excelência em custo ou
excelência tecnológica. De alguma forma, você tem
que se diferenciar. Permanecer diferenciado demanda
um trabalho constante. A TRUMPF investe 10% do seu
faturamento global anualmente em pesquisa e
desenvolvimento. São aproximadamente 400 milhões de
euros, ano após ano. Esse investimento em tecnologia
nos permite manter a liderança em tecnologia laser e
o pioneirismo na oferta de soluções completas para a
Indústria 4.0, mantendo os nossos clientes
competitivos. No jogo industrial, apesar de todos
desejarem o retorno do investimento em 2, 3, 4 anos,
o equipamento adquirido hoje terá um ciclo de
utilização de 5, 7, 10 anos. Para isso, é necessário
que esse equipamento seja flexível, conectável e que
possa ser atualizado de acordo com as inovações
tecnológicas que vão aparecer.
Tem muita coisa no pipeline, do ponto de vista de
digitalização, e quem não entrar nessa onda vai
ficar para trás.
Gostaria de saber mais?
Nos avise que entraremos em contato.