Senai é alternativa de educação profissional e técnica para lidar com os desafios da indústria 4.0

*Rafael Lucchesi, diretor-geral do SENAI (Imagem: José Cruz / Agência Brasil)
Há muita discussão sobre as promissoras profissões
do futuro. Muitos questionam quais ficarão obsoletas
e quais terão alta demanda nos próximos anos. Grande
parte dos estudantes desconhece o amplo leque de
ocupações e teme não estar atualizado e até mesmo
preparado para os novos desafios que surgem a cada
dia.
Contudo, esse processo é natural e acontece desde a
primeira revolução industrial. Para acompanhar as
tendências e o dinamismo do mercado de trabalho,
basta estar com os olhos bem abertos para as
mudanças e novidades, fomentar o debate
(principalmente entre os mais jovens) e garantir a
educação continuada dos profissionais da educação.
A busca pelo emprego dos sonhos começa dentro da
sala de aula. De acordo com Rafael Lucchesi, Diretor
Geral do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial
(SENAI), os jovens precisam de oportunidade e
incentivo para receber formação técnica e
profissional ainda na escola. Desta forma, eles
podem concluir essa etapa mais bem orientados sobre
que carreira seguir e com uma ocupação que
possibilita emprego e renda.
Nos países desenvolvidos da Organização para a
Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), cerca
de 48% dos estudantes do ensino médio fazem educação
profissional. No Brasil, esse índice gira em torno
de 10%. Outros dados alarmantes:
● Apenas 21% dos brasileiros de 25 a 34 anos
têm diploma de ensino superior. O percentual é bem
inferior à média dos países que compõem a OCDE:
44%;
● Outro dado da OCDE revela baixo índice de
conclusão entre os que ingressam: 67% dos estudantes
não conseguem concluir o curso no tempo previsto, em
média quatro ou cinco anos;
● 44,2% dos jovens (14 a 17 anos de idade) e
31,4% entre (18 a 24 anos de idade) estão
desempregados e em busca de trabalho.
Mesmo com os desafios enfrentados pelos jovens para
acessar e concluir o ensino superior, há uma
tradição de atrelar a escolha da profissão e
preparar o estudante para a universidade. É preciso
dar mais oportunidades de qualificação e garantir
que eles tenham uma ocupação que abra as portas do
mercado de trabalho e conceda identidade social.
Excelência do Senai
O Senai é um dos cinco maiores complexos de educação
profissional do mundo e o maior da América Latina.
Desde que foi criado, em 1942, já formou mais de 78
milhões de trabalhadores para 28 áreas da indústria
brasileira em cursos que vão da iniciação
profissional até a graduação e pós-graduação
tecnológica.
Possui uma metodologia reconhecida pela OCDE, que
consegue identificar as profissões dos próximos 5 a
10 anos, o perfil e as habilidades do futuro. A cada
quatro anos, o Senai elabora o Mapa do Trabalho
Industrial, que aponta as áreas que mais vão
demandar profissionais em cada estado do país. Os
estudos embasam a oferta dos cursos e os currículos.
Atualmente, a indústria é responsável por 21% do PIB
brasileiro e 20,4% do emprego formal. E o futuro é
promissor. A Meta 11 do Plano Nacional de Educação
(PNE) estabelece que, até 2024, o Brasil deverá ter
5,22 milhões de vagas da educação profissional
técnica de nível médio, sendo pelo menos 50% no
segmento público. Em 2019, havia apenas 1,87 milhão
de matrículas e 14,5% da rede pública.
Para formar o profissional do futuro, o Senai aposta
em atividades teóricas e práticas e na convivência
com as empresas. É o conhecimento aliado às
experiências que garantem índices que chegam a até
85% de empregabilidade entre os egressos – nos casos
dos cursos de graduação do Senai. A indústria, assim
como a educação, está em acelerado processo de
transformação e precisa, cada vez mais, de
profissionais capacitados para trabalhar com as
novas tecnologias.
Esta notícia de Senai é alternativa de educação profissional e técnica para lidar com os desafios da indústria 4.0 foi produzida por CNN Brasil/SENAI.
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