
O Senado comemorou nesta
segunda-feira (18) os 110 anos da implantação do
Ensino Técnico Profissionalizante no Brasil, com a
realização de uma sessão especial.
A iniciativa foi do senador Paulo Paim (PT-RS), ele
mesmo ex-aluno de uma escola técnica em Caixas (RS).
— O Estado tem papel fundamental na área da
Educação. A educação técnica e profissional reduz
custos, melhora a qualidade e aumenta a fidelização
dos trabalhadores à empresa.
A educação age como fator de inserção social. É um
equívoco querer destruir ou desconstruir o ensino
técnico e profissionalizante. O caminho certo é
ampliar o ensino técnico.
É a única forma de combatermos a pobreza. Sonho em
um futuro termos em cada favela uma escola técnica —
afirmou Paim.
Sistema S
O Sistema S é composto por nove
instituições: o Serviço Social da Indústria (Sesi),
o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial
(Senai), o Serviço Social do Comércio (Sesc),
o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial
(Senac), Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e
Pequenas Empresas (Sebrae), Serviço Nacional de
Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop),
Serviço Social do Transporte (Sest), Serviço
Nacional de Aprendizagem do Transporte (Senat) e
Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar).
Gustavo Leal, diretor do Senai, destacou a
influência do modelo alemão, que serviu de base à
implantação dos primeiros cursos de formação
profissionalizante no Brasil e se dedica à formação
técnica voltada às necessidades da indústria.
— O Senai é voltado ao atendimento do mercado.
Oferecemos diversos cursos técnicos, de tecnólogos,
de engenharia, até mesmo mestrado e doutorado em
áreas técnicas. Nossos alunos e alunas saem quase
todos já com seu emprego, dado ao reconhecimento de
seus cursos. Da implantação de uma usina
hidroelétrica à construção de uma fábrica de
celulose, o Senai prepara os profissionais que irão
trabalhar
nessas instalações — disse Leal.
Por sua vez, Monica Rosenberg Guimarães,
representando a CNI e Senai, explicou que há 28
setores industriais que contemplados com a formação
de técnicos. Já Antônio Henrique Borges Paula, do
Senac, lembrou que
quando se compara os índices de formação
profissionalizante do Brasil com os da Organização
para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico
(OCDE), metade dos jovens desses países têm acesso
ao ensino profissionalizante.
No Brasil, disse, são apenas 10%.
Acesso de Jovens
— As mudanças por avanço tecnológico são muito traumáticas, especialmente aos mais velhos. Por isso, a contínua educação profissional é tão importante no mundo em transformação.
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