Estudo do SENAI revela, ainda, que taxa de empregabilidade supera 80% entre profissionais que concluíram cursos, em 2017, em áreas como meio ambiente e tecnologia da informação.

Em tempos de economia arrefecida,
os cursos técnicos continuam sendo uma boa
alternativa para quem está em busca de emprego.
Levantamento realizado pelo
Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial
(SENAI) com alunos que concluíram
cursos técnicos em 2017 revelou bons índices de
empregabilidade no ano seguinte,
com média de 72,6%. Há, ainda, setores em que, de
cada dez formados, oito se colocaram
em vagas de sua qualificação. É o caso dos setores
de Meio Ambiente – dos cursos de
técnico em Controle Ambiental e em Saneamento – e em
Tecnologia da Informação, para a
qual se formam técnicos em informática e em
programação de jogos digitais.
De acordo com a
Pesquisa de Acompanhamento de Egressos do
SENAI, painel 2017-2019, 86,8% dos alunos
que se formaram em cursos técnicos na área de
Meio Ambiente encontraram emprego durante ou após a
realização do curso. Para cursos técnicos na área de
Tecnologia da Informação, o
índice de alunos empregados no mesmo período foi de
86,4%, seguido pelos setores de Logística, com
72,9%, e de Segurança do Trabalho, com 71,4%.
Na visão do diretor-geral do SENAI, Rafael Lucchesi,
o resultado pode ser atribuído ao fato de que, mesmo
em tempos de dificuldade econômica, os setores
que apresentaram alta são mais intensivos em
tecnologia, e, por isso, apresentam demanda
constante por profissionais qualificados. “A oferta
de educação
profissional sempre deve ser alinhada à demanda do
setor produtivo. A pesquisa mostra que o SENAI
formou profissionais com as competências requeridas
pela
indústria, o que permitiu maior empregabilidade
mesmo em momentos de crise”, afirma
Lucchesi.
Outras áreas que se destacaram no nível de
empregabilidade foram: Refrigeração e
climatização,70,5% e Gestão, 67,9%.

Para realizar o estudo, foi feito
contato com ex-alunos do SENAI para verificar, entre
outras coisas, o número de egressos de cursos
técnicos que estavam trabalhando um ano após a
conclusão do curso.
SATISFAÇÃO
- Além disso, também são feitas entrevistas nas
empresas com os supervisores diretos dos
profissionais técnicos formados pelo SENAI, para
avaliar o nível de satisfação. Entre as mais de 1
mil empresas ouvidas,
a nota média com o profissional de nível técnico foi
8,8, numa escala de zero a 10. Já o índice que mede
o percentual de preferência por contratação de
egressos do SENAI ficou em 93,6%.
O estudo também avalia a questão das chamadas
softskills, que são as habilidades socioemocionais
dos técnicos formados pelo SENAI, cada vez mais
valorizadas pelo setor produtivo. Os técnicos
formados pela instituição
alcançam nota média 8,4, de seus supervisores
diretos, em quesitos como capacidade de negociação,
de trabalho em equipe e de resolução de
problemas.
Outro aspecto avaliado pela pesquisa afere a
percepção dos egressos quantos aos cursos que
concluíram. Segundo o painel, 79,3% dos
profissionais técnicos entrevistados pretendem fazer
ou já estão fazendo outros cursos do SENAI,
e 98,8% dos egressos indicariam cursos do SENAI.

Para realizar o estudo, foi feito
contato com ex-alunos do SENAI para verificar, entre
outras coisas, o número de egressos de cursos
técnicos que estavam trabalhando um ano após a
conclusão do curso.
Pessoas com deficiência -
O painel de egressos 2017-2019 também trouxe
resultados positivos com relação às pessoas com
deficiência que realizaram cursos de nível técnico
na instituição. O nível de inserção destes
profissionais no mercado de trabalho foi 75,5%,
e a nota média de satisfação das empresas
contratantes foi 8,9, numa escala de zero a dez.
De acordo com o gerente-executivo de Educação do
SENAI, Felipe Morgado, o resultado pode ser
atribuído às ações do Programa SENAI de Ações
Inclusivas (PSAI). “Estamos preparados para receber
pessoas com deficiência. Em nossas escolas e
faculdades,
em todo o país, o aluno encontra um ambiente
inclusivo, com instalações acessíveis e material
didático adequado, além de docentes altamente
capacitados para diversos tipos de situação de
aprendizagem”, explica.
Para realizar o estudo, o SENAI ouviu, na primeira
fase da pesquisa 21.284 técnicos de nível médio;
7434, na segunda; e 1022, na terceira fase. Já o
total de empresas entrevistadas foi de 1022.
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